O DIÁLOGO COMO ALTERNATIVA À PUNIÇÃO FÍSICA

Normalmente os atos de violência doméstica contra a criança ou adolescente são justificados pelos pais e/ou responsáveis sob a pretensão de educar. No entanto, tal atitude está longe de alcançar este objetivo, muito pelo contrário, a violência não gera outra coisa senão violência.
A violência pode ser física, verbal e psicológica e toda e qualquer forma de violência traz conseqüências desastrosas ao desenvolvimento psicológico e social da criança e do adolescente, além de muitas vezes causar baixa auto-estima, depressão, baixo rendimento escolar, dificuldades nas relações sociais, ansiedade, doenças físicas, entre muitas outras.
Este assunto tem sido tema de debates e campanhas e mesmo assim tem ocorrido um crescente aumento desses atos, e não estou falando sobre os casos de pedofilia que muitos ficam horrorizados ao terem noticia, estou falando sobre a violência que é utilizada pelos pais e/ou responsáveis como forma de punir um comportamento indesejado de seus filhos, pois alguns pais acreditam que essa é a melhor maneira de educar, afinal foi assim que foram educados, outros ainda cometem tais atos por serem incapazes de estabelecer um diálogo saudável ou até mesmo por terem perdido a capacidade de resolver os conflitos de outro modo.
Contudo, essa forma de educar certamente não traz os resultados desejados, pois pais punitivos e que não dialogam com seus filhos podem gerar neles um comportamento incompetente, ansiedade e falta de iniciativa.
Por isso acredito que a melhor proposta para resolver tais conflitos seria os pais não serem autoritários e nem omissos ou negligentes, e sim tentarem ajudar os filhos a administrarem suas próprias emoções, monitorando e supervisionando suas atividades, seu ambiente e seus amigos, sem invadirem sua privacidade, e é claro utilizando sempre o diálogo como um meio.
Esse diálogo não deve ter um caráter de julgar o comportamento do filho e sim orientá-lo chamando-o à reflexão sobre seu comportamento e as conseqüências imediatas e futuras deste. Isso gera autonomia o que é muito importante para a criança aprender a controlar seu próprio comportamento.

Por: Mary Bülk

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